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Da série Epitáfio
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Bioma

Bioma é o registro de uma intervenção urbana - um grafite não autorizado na Av. Luís Viana Filho (Av. Paralela) - na cidade de Salvador sobre os compensados do empreendimento da construtora Saraíba. Tendo o objetivo de evidenciar a extinção/ocupação de APAs (Área de Proteção Ambiental) pela expansão imobiliária.

O propósito é chamar a atenção para o contraditório Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador criado pela prefeitura que não garante a proteção dos remanescentes da Mata Atlântica, pois a considera uma área de expansão urbana com fins residenciais e comercial, o que possibilita que a mata seja suprimida para dar lugar a novos empreendimentos imobiliários.

 “Aqui jaz um bioma morto por uma licença ” - frase grafitada no compensado da construção, propositalmente próximo a placa da Licença Ambiental, fazendo menção aos órgãos públicos que concedem tal licença. A frase visa criar uma situação de desacordo com as políticas públicas que se tornam cada vez mais instrumentos de manipulação de entidades privadas. A última fotografia da sequência mostra o ocultamento da frase grafitada por funcionários da empresa, dias depois.

Fotos: Jô Felix

 

Epitáfio

Epitáfio consiste em uma crítica à expansão imobiliária em áreas que compõe reservas de resquícios de Mata Atlântica. Em uma ação artística, baseada no conceito de microresistências urbanas uma cruz é inserida defronte as construções prediais, contrapondo-se ao processo de desaparecimento de uma área de proteção ambiental (APA) e de espetacularização urbana. 

Nesta intervenção foram localizados alguns empreendimentos que contribuíram na transformação da paisagem natural por uma transfigurada pelo concreto - convertida em área de expansão urbana em detrimento da biodiversidade da fauna e flora local.  A colocação da cruz diante da propaganda do empreendimento (Le Parc) intui a partir da apropriação de seu próprio recurso visual, o outdoor, evidenciar o discurso contraditório, o sofisma do progresso contido nos rostos sorridentes de mãe e filha na forma de um eufemismo que ocultam as práticas de especulação imobiliária. Um ano e meio depois, algumas imagens são refeitas obedecendo ao mesmo ponto de vista.  O porta-retratos incorpora um marco à ausência, uma memória que se aloja tanto no espaço real transformado e representado no registro da ação artística, quanto no tempo suscitado/resgatado pela foto da arvore no porta-retratos. 

A frase no outdoor - “Estamos construindo aqui o seu sonho de vida” estabelece uma relação de paradoxo entre a vida e a morte ao introduzir um jogo de simulação com a inserção de uma cruz, que por meio de um contra-picado oculta parte da mensagem do outdoor desconstruindo assim o seu significado original. Desse modo o slogan publicitário é subvertido em metáfora, um epitáfio urbano. 

Biome

Bioma is the record of an urban intervention - an unauthorized graffiti on Av. Luís Viana Filho (Av. Paralela) - in the city of Salvador on the plywood of the Saraíba construction company. With the objective of highlighting the extinction/occupation of APAs (Environmental Protection Area) by real estate expansion.

The purpose is to draw attention to Salvador's contradictory Urban Development Master Plan (PDDU) created by the city hall, which does not guarantee the protection of the Atlantic Forest remnants, as it considers it an area of ​​urban expansion for residential and commercial purposes, which makes it possible to that the forest be suppressed to make way for new real estate developments.

“Here lies a biome killed by a license” - phrase graffitied on the construction plywood, purposely close to the Environmental License plate, referring to Organs public bodies that grant such a license. The phrase aims to create a situation of disagreement with public policies that increasingly become instruments of manipulation by private entities. The last photograph of the sequence shows the concealment of the phrase graffitied by company employees, days later.

Photos: Jo Felix

Epitaph

Epitaph consists of a critique of the real estate expansion in areas that make up reserves of remnants of the Atlantic Forest. In an artistic action, based on the concept of urban microresistance, a cross is inserted in front of the building constructions, opposing the process of disappearance of an environmental protection area (APA) and urban spectacularization.

In this intervention, some projects were located that contributed to the transformation of the natural landscape into one transfigured by concrete - converted into an area of ​​urban expansion to the detriment of the biodiversity of the local fauna and flora. The placement of the cross in front of the enterprise's advertisement (Le Parc) intuits from the appropriation of its own visual resource, the billboard, to highlight the contradictory discourse, the sophistry of progress contained in the smiling faces of mother and daughter in the form of a euphemism that conceal real estate speculation practices. A year and a half later, some images are redone following the same point of view. The picture frame embodies a mark of absence, a memory that is lodged both in the real space transformed and represented in the record of artistic action, and in the time raised/rescued by the photo of the tree in the picture frame.

The phrase on the billboard - “We are building your dream of life here” establishes a paradoxical relationship between life and death by introducing a simulation game with the insertion of a cross, which, through a counter-hack, hides part of the billboard message, thus deconstructing its original meaning. In this way the advertising slogan is subverted into a metaphor, an urban epitaph.

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